quinta-feira, 21 de julho de 2011

Programa seca-barriga

"Quando o paciente entra no pronto-socorro, tenho alguns segundos para diagnosticar o que está errado. O primeiro sinal que eu checo é o peso, pois a circunferência da barriga é o indicador mais importante de como a pessoa enfrentará um problema de saúde", afirma o médico americano Travis Stork, autor de The Lean Belly Prescription (inédito no Brasil). A alta concentração de gordura no abdômen não está associada apenas a diabetes, hipertensão, câncer e acidente vascular cerebral, mas também a um aumento de 37% no risco de morte em decorrência de ferimentos em um acidente de carro, por exemplo. Mas chega de tragédia por ora. É bem mais divertido focar na parte em que a taxa de gordura cai — exatamente o que acontecerá se você colocar em prática os cinco passos para cuidar do seu core (região que compreende a área do abdômen, da lombar e dos quadris). Sem o volume extra no abdômen, você ficará mais saudável, confiante e enérgica. E nada traduz "saúde" melhor do que uma barriga lisa e sexy para exibir ao mundo.



1. Não faça dietas radicais
Você já deve ter ouvido falar nelas: dieta do suco, da sopa, da banana. Se arriscar um desses regimes, até vai perder peso. O problema é não aprender a se alimentar melhor. Como o cérebro é um devorador de calorias, é preciso muita, mas muita concentração e força de vontade para ser fiel a um cardápio restritivo demais. "Dietas focadas em um único alimento são abandonadas pela monotonia alimentar. Além do mais, elas geram carência nutricional e podem provocar um efeito rebote, fazendo a pessoa ingerir mais alimentos do que necessita e voltar a engordar", afirma a nutricionista Jacira Conceição dos Santos, diretora da Associação Brasileira de Nutrição (Asbran). Portanto, desista. Procure comer alimentos saborosos e que proporcionam sensação de saciedade, a exemplo de cereais, aveia, chá verde, atum, salmão, maçã, nozes e carne magra de vaca, de frango e de porco.




2. Coma de forma simples
Na próxima visita ao supermercado, leia a embalagem de alguma comida congelada. Ela de certo será composta de ingredientes que você reconhece — trigo, açúcar, sal — e muitos outros dos quais nunca ouviu falar. Trata-se dos aditivos químicos que processam os alimentos e lhes conferem um equilíbrio entre doce e salgado. Sua língua fica coberta por sensores de sabor que induzem à sensação de estar seguindo uma dieta equilibrada. Com isso, você demora mais a enjoar daquele gosto e tende a não buscar alimentos diferentes. "O organismo não produz enzimas capazes de digerir toda essa química, o que acarreta duas consequências: 1) o metabolismo fica mais lento; 2) o corpo cria gordura como defesa natural de combate a esses aditivos", diz Daniela Jobst, consultora de WH e membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional e do Instituto de Medicina Funcional, nos EUA. Você até consegue enganar o organismo na saciedade e no prazer, mas não no processo digestivo. A solução? Tente se alimentar com comidas naturais, preparadas por você. Se isso a faz pensar que gastará mais tempo escolhendo cada ingrediente no supermercado e preparando os pratos, está certa. Talvez seja hora de aprender que o restaurante preferido das magras é o supermercado.






3. Mastigue com mais frequência
Seu corpo precisa de uma quantidade de energia para funcionar. O ideal é oferecer as doses aos poucos para que o ganho e a perda de energia sejam equilibrados. Se sua gaveta de suprimentos ficar vazia, mesmo por algumas horas, será um convite à gula. Uma forma fácil de resolver o impasse: coma a cada 3 horas, começando com o café da manhã. Um estudo da Universidade de Massachusetts, nos EUA, concluiu que pessoas que pulam o café da manhã são 4,5 vezes mais propensas à obesidade. Antes de colocar qualquer petisco na gaveta, tenha certeza de que eles possuem uma boa mistura de proteínas, gorduras, fibras e carboidratos. Comendo dentro desse cronograma, você evitará uma das maiores dificuldades de quem tenta perder peso: sentir fome demais e abandonar a dieta.



4. Beba muito e de forma inteligente
Na dieta americana, as pessoas consomem, em média, 450 calorias por dia por meio de bebidas contendo açúcar. Isso é mais do que o dobro do que se costumava beber há 30 anos. Apesar de não existirem estudos semelhantes no Brasil, sabemos que nossos hábitos alimentares também pioraram. Aumentamos o consumo de refrigerantes, chás enlatados, bebidas engarrafadas pretensamente saudáveis e sucos de fruta também engarrafados com muito açúcar. Melhore sua ingestão de líquidos incluindo água no cronograma: tome um copo de água ao acordar, um no meio da manhã, um antes do almoço, um no meio da tarde, um antes do jantar e o último uma hora antes de dormir. Ao manter esse ritmo, você automaticamente diminui o consumo de refrigerantes. Se costuma tomá-lo por causa da cafeína, substitua por café com leite, sem adoçar demais. Outra alternativa é passar a consumir sucos naturais feitos em casa, chás gelados sem açúcar e águas gaseificadas — pingue algumas gotas de limão para dar mais sabor.


5. Comece a cozinhar
Depois de um dia agitado, parece mais fácil comer fora de casa. Mas, ao incorporar o restaurante à nossa vida, abrimos mão de dinheiro e controle. Em um bufê exageramos na quantidade por pegar um pouquinho de cada coisa. Já pratos individuais costumam ter porção maior do que nossa fome, o que nos induz a ingerir demais. Considere também os benefícios de fazer as refeições com a família reunida à mesa: as pessoas tendem a comer mais devagar, o que podemos associar a um consumo inferior de calorias.



Fonte: Revista Womens Health (http://revistawomenshealth.abril.com.br/edicoes/030/dieta/programa-seca-barriga-625070.shtml)

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